Resenha | Verity

“Eu manipulo a verdade quando considero adequado. Sou escritora.” – Verity

Como vocês podem perceber, fui totalmente fisgada pelo fenômeno Colleen Hoover. Depois que postei que havia finalizado a leitura de É Assim Que Acaba e É Assim Que Começa recebi diversas mensagens indicando a leitura de Verity, mais uma obra da autora. E novamente sem ler sinopse ou resenha alguma pulei de cabeça na leitura.

Não sei dizer pra vocês quantos anos faziam desde que não começava e terminava um livro no mesmo dia, ainda mais um livro de 320 páginas. Em nenhum momento quando comecei a leitura hoje pela manhã, imaginei que a noite já estaria com meus miolos na parede e escrevendo uma resenha sobre o livro, mas cá estou.

Verity é completamente diferente das duas obras citadas pela autora no começo desse texto. Eu embarquei na leitura esperando pelo menos algo semelhante a É Assim Que Acaba, porém, me surpreendi tanto que me obriguei a pesquisar o gênero do livro enquanto lia, só pra ter certeza se eu estava lendo direito.

Esse livro não é um romance (bem, ele até traz pitadas de romance, mas ao meu ver o romance fica completamente em segundo plano), mas sim um thriller psicológico, um suspense que te deixa na ponta da cadeira, com os nervos a flor da pele.

O enredo gira em torno da família de uma famosa autora americana, a Verity. Uma família que passou por muitos traumas ao longo dos anos, o mais recente tendo impossibilitado a autora de finalizar sua aclamada série de livros.

Após esse incidente, o marido de Verity, Jeremy, procura outra autora para cumprir o contrato da esposa e finalizar a escrita de sua série de livros. Essa nova autora é nossa protagonista, Lowen, que acaba se mudando para a casa da família por um período para estudar as anotações de Verity e começar a escrever os livros.

Porém, a partir dessa mudança coisas muito suspeitas começam a acontecer. Lowen encontra uma espécie de diário de Verity, revelando seus segredos mais profundos, e nos encontramos entre a cruz e a espada, sem saber realmente em quem ou no que acreditar.

Eu confesso que passei a história toda aguardando um grande plot twist, e ele veio, porém não foi NADA do que eu havia imaginado durante a leitura. Essa foi a história mais perturbadora, revoltante, surpreendente e criativa que eu já li na minha vida, sem nenhuma sombra de dúvidas.

Como já devo ter dito antes, eu cresci lendo apenas ficção e romance e apenas agora estou começando a me aventurar em uma literatura mais “adulta”, digamos assim. Verity é o primeiro livro de suspense que eu leio na vida e talvez por isso eu tenha ficado tão chocada, admirada e boquiaberta quanto fiquei, porém, só posso dizer pra vocês que com certeza foi um dos melhores livros que eu já li na vida e me deixou com muita vontade de mergulhar cada vez mais no gênero.

Já estou fazendo a lista de todos os outros livros da COHO (agora já estou íntima) pra ‘maratonar’ e recomendo do fundo do meu coração que vocês façam o mesmo.

Resenha | É Assim Que Começa

“Você é minha pessoa favorita. Sempre foi. Sempre será. Eu te amo. Amo tudo o que você é.” – É Assim Que Começa

Mal tenho palavras para agradecer o fato de ter lido É Assim Que Acaba depois que sua continuação já havia sido lançada, porque eu não sei o que seria de mim se tivesse que esperar 4 anos para finalmente ter um gostinho de Atlas e Lily.

Vamos lá. Inicialmente, sim, É Assim Que Começa é tão bom quanto seu antecessor, se não melhor. Isso vindo de uma pessoa que não gosta de dramas, tragédias e sofrimento, mas sim que gosta de finais felizes.

Esqueça todo o sofrimento de É Assim Que Acaba, ele não está aqui. Temos sim algumas cenas mais pesadas e tensas, em sua grande maioria envolvendo Ryle, mas o foco da história é majoritariamente o amor entre Atlas e Lily e a forma como suas histórias se entrelaçam após o final do primeiro livro,

É Assim Que Começa tem início quase que imediatamente onde o primeiro livro acabou, após o encontro de Lily e Atlas na rua, onde eles se abraçam e confessam que ainda se amam (pode parar de nadar agora, finalmente chegamos a costa!).

Um fator relevante é que esse livro não é narrado apenas por Lily, mas sim por ela e por Atlas, sendo composto por capítulos revezados entre os dois protagonistas. Isso com certeza dá um toque muito especial a história, já que assim podemos conhecer melhor o Atlas, sua rotina, seus sentimentos e seus dramas pessoais (que são muitos).

Essa é uma história de amor, eterno, genuíno e mais intenso do que tudo. Uma história de amor que começou anos atrás, quando Lily tinha 15 anos e Atlas era sem teto. Uma história de amor que foi interrompida tantas vezes pelo destino, mas que finalmente atingiu seu ápice.

Podemos acompanhar de perto cada etapa dessa nova/antiga relação entre os protagonistas. Ryle aparece mais no começo do livro, incomodando, como sempre, e se mostrando insatisfeito com a relação entre Lily e Atlas. Porém, por uma benção divina, ele quase não aparece mais da metade do livro em diante. A vilã do lado B da história é a mãe de Atlas, que surge do além com uma surpresa bombástica que vira a vida do mocinho de ponta cabeça.

Se você leu É Assim Que Acaba, amou e ficou com um gostinho de quero mais, você PRECISA ler a continuação. E se você leu o primeiro livro, gostou dos personagens mas achou a história pesada demais, aposto que esse aqui vai te agradar. Confia!

Resenha | É Assim Que Acaba

“Nem sempre as verdades nuas e cruas são bonitas.” – É Assim Que Acaba

Quando eu comecei a leitura de É Assim Que Acaba, em uma noite de quinta-feira, eu sabia que o livro era super aclamado nas redes sociais e descobri ao postar um story que metade dos meus seguidores já haviam lido e AMAVAM. E isso era tudo que eu sabia. Não li a sinopse antes de embarcar nessa aventura, para poder descobrir tudo no decorrer da leitura, sem nenhum spoiler sequer. E como isso foi bom.

Em um primeiro momento eu não estava certa se iria gostar do livro, já que estava há quase 3 anos lendo apenas Anne de Green Gables e não estava mais acostumada com o século atual e com romance, porém, no segundo capítulo eu já estava completamente submersa.

Lily Bloom, com seus cabelos ruivos e seus 23 anos, me conquistou de imediato. Não posso falar o mesmo de Ryle Kincaid. No momento em que ele apareceu pela primeira vez, no terraço, chutando cadeiras e socando o ar, eu soube que ele não era boa coisa. Depois de conhecê-lo melhor e ouvir suas ‘verdades nuas e cruas’, tive certeza. Acho que eu simplesmente tenho um radar muito forte para red flags em homens.

É Assim Que Acaba é um livro que aborda tópicos muito delicados desde o começo até o fim, e que com certeza pode acionar muitos gatilhos, então se você tiver problemas lendo sobre relacionamentos abusivos, violência e estupro, recomendo encontrar algo mais leve.

O livro é narrado por Lily, uma jovem como qualquer outra, que trabalha em uma empresa de marketing em Boston e sonha em ser dona de uma floricultura. Sua vida flui normalmente até conhecer Ryle, um neurocirurgião, extremamente gato, que é anti-namoro e deixa bem claro que não pretende casar ou ter filhos, NUNCA (aí, sabe, tenha paciência).

Ao mesmo tempo em que mergulhamos no novo relacionamento de Ryle e Lily, que tem seus altos e baixos e MUITO fogo, conhecemos mais do passado da protagonista, por meio de páginas de seu antigo diário. E é nesse diário que conhecemos ele: Atlas.

Atlas Corrigan foi o primeiro amor de Lily, quando ela tinha 15 anos e ele 18. A jovem sente que essa página da sua vida nunca foi virada, já que Atlas mudou para Boston na época, com a promessa de que um dia a procuraria, e desde então eles nunca mais se viram. É também nesses diários que descobrimos que Lily cresceu em um lar abusivo e que o pai batia na mãe com uma certa frequência.

Com traumas o suficiente em relação ao pai, Lily acaba descobrindo que também está se envolvendo com alguém agressivo após apanhar uma, duas, três vezes de seu amado Ryle. Todas as vezes ele pede perdão, todas as vezes ele estava “irritado e perdeu o controle”, todas as vezes ela passa por um inferno, entre o amor que sente pelo médico e o ódio por não querer ser como a mãe, perdoando algo imperdoável.

No decorrer do livro, Lily extrapola seus próprios limites e é obrigada a traçar novos, precisa tomar decisões extremamente difíceis e dolorosas em relação ao seu relacionamento com Ryle, se reencontra com Atlas, o que vira uma grande confusão e no meio de tudo isso ainda consegue abrir seu próprio negócio. UFA!

Talvez seja novidade para alguns, mas É Assim Que Acaba é inspirado na vida da própria autora, Colleen Hoover. Ela viveu até os 3 anos de idade em um lar onde vivenciava diariamente o pai agredir a mãe, até que a mãe pediu o divórcio e se mudou com as filhas pequenas. Esse livro então demonstra o sofrimento e a força não apenas de Lily, mas de todas as mulheres que vivem em um relacionamento abusivo e precisam encontrar uma forma de salvar suas próprias vidas!

Recomendo a leitura de olhos fechados e já comecei a ler a continuação É Assim Que Começa, que promete ser um romance muito mais leve e gostoso do que seu sucessor!