Resenha | O Sol da Meia-Noite

“Sua existência era uma desculpa suficiente para a justificativa da criação do mundo inteiro.” – O Sol da Meia-Noite

Enquanto conferia minha lista de resenhas, percebi que faltava a de um livro muito especial: O Sol da Meia-Noite, também conhecido como Crepúsculo pelos olhos do Edward, ou Crepúsculo MUITO mais interessante.

Eu finalizei a leitura desse livro em junho de 2021, mas por graça divina tinha um roteiro de vídeo salvo na nuvem, onde falava exatamente o que achei da história, e é o que usarei de base para a resenha de hoje (minha memória não é tão boa assim pra resenhar um livro de 2 anos atrás haha).

O Sol da Meia-Noite possui nada mais, nada menos do que 736 páginas, e como citado anteriormente, conta exatamente a história do livro Crepúsculo, porém desta vez, pelos olhos do Edward.

Começando pelos pontos negativos, eu confesso que demorei MUITO pra finalizar a leitura do livro, por achar ele incrivelmente arrastado. Devemos levar em consideração que a história é narrada por um vampiro centenário, que não dorme e portanto tem muito tempo livre para divagar sobre os mais variados temas. Mas gente do céu, as vezes ele passa dos limites!

Outra coisa que mudou na leitura desse livro foi a minha paixão avassaladora pelo Ed, pelo simples fato de que, AQUI, e só aqui, podemos perceber o quão psicopata e stalker ele realmente é. O homem simplesmente observa e persegue a Bella 24/7. Isso fica aparente em algumas cenas de Crepúsculo, porque a Bella não sabia dessa perseguição, mas agora temos acesso a toda a loucura do homem, que andava se pendurando em árvores em dias de sol porque NÃO PODIA ficar sem ver a amada (isso antes sequer deles conversarem).

Fora isso ele ainda é mega violento e tem pensamentos bem doentios em relação aos amigos da Bella e principalmente em relação ao Mike. Ah, eu comentei que nesse livro ele ameaça a Bella de morte NO MÍNIMO 100 vezes? Porque isso também acontece.

Fora esses pequenos detalhes, foi muito interessante poder ver a história por outra perspectiva, já que o Edward desaparecia em vários momentos de Crepúsculo e nesse livro podemos finalmente saber por onde ele andava e o que ele fazia nesses momentos.

Finalmente pudemos entender porque o Edward amava tanto a Bella. Em Crepúsculo a personagem se vê como fraca, boba e sem sal, e é essa representação que temos no livro e no filme, porém, na visão de Edward, ela é incrível, culta, inteligente e cheia de personalidade. Dá um significado muito mais forte ao amor deles.

Temos muitos detalhes da família Cullen nesse livro, que nunca tivemos antes, como por exemplo o passado da Alice com o James, a perseguição do James que é relatada em detalhes, também temos o longo período em que a Bella fica internada após o acidente e Edward fica no hospital, que antes não tínhamos acesso porque a Bella estava desacordada, enfim, temos muitos momentos bacanas que não teríamos acesso pelos olhos da Bella.

A amizade entre Alice, Bella e Charlie é muito explorada aqui também, algo que amei. E falando em Charlie, temos momentos incríveis do Charlie ciumento como por exemplo quando ele liga para o Carlisle para pedir o que ele achava da relação dos ‘jovens’.

Uma das minhas cenas preferidas com certeza é quando eles levam Bella para o hospital, sangrando após o incidente da sala de espelhos, e começam a bolar um plano para acobertar a verdade. Edward dá as ideias, Alice vê o futuro para ver como o plano transcorreria e imediatamente Edward lê sua mente e vai alterando o plano até ela ver que tudo vai correr como planejado. É uma narração intensa e INCRÍVEL de acompanhar.

No geral, acho que a leitura de O Sol da Meia-Noite é simplesmente NECESSÁRIA para todo os fãs da saga Crepúsculo. Ele traz detalhes e informações sobre os personagens que nunca tivemos antes e que com certeza mudam nossa perspectiva da história. Eu amei odiar esse livro!

Resenha | Os Sete Maridos de Evelyn Hugo

“O mundo prefere respeitar as pessoas que querem dominá-lo” – Os Sete Maridos de Evelyn Hugo

Quero começar respondendo a pergunta que eu me fazia sempre que via alguém recomendando esse livro no Tiktok. “Será que é tão bom assim” SIM! É tão bom assim.

Os Sete Maridos de Evelyn Hugo é um livro escrito de uma forma bem peculiar, que foi novidade pra mim. O livro começa sendo narrado em primeira pessoa pela personagem Monique, uma jornalista que vive no ano de 2017 e trabalha para uma revista em NYC.

Um belo dia, sem razão aparente, Monique é convocada a entrevistar uma das atrizes mais famosas da história do cinema Hollywoodiano: Evelyn Hugo.

Ao começar a entrevista, porém, Monique descobre que na verdade o interesse de Evelyn não é em uma entrevista qualquer para uma revista, mas que na verdade seu plano é fazer com que Monique escreva sua biografia, com todos os segredos e mistérios que nunca foram expostos para a mídia.

A partir desse momento, passamos a ter alguns tipos diferentes de narrativa.

Narrativa 1: Monique, em 2017, contando seu dia a dia trabalhando com Evelyn.

Narrativa 2: Evelyn, narrando em primeira pessoa toda a sua vida desde o início de sua carreira, até o presente.

Narrativa 3: Matérias de jornais e revistas que trazem o olhar que Hollywood tinha e tem da estrela Evelyn Hugo.

Com esses três pontos de vista diferentes, somos apresentados aos altos e baixos da vida de uma atriz de Hollywood dos anos 60, latina, de origem pobre, que teve que fazer muitos sacrifícios para subir na vida.

Nos sentimos penetras, descobrindo os segredos sombrios dos bastidores da indústria cinematográfica e sofremos com a realidade dura e preconceituosa da época. E as narrações são tão bem feitas que em alguns momentos eu até esqueci que os personagens eram fictícios e fiquei com vontade de assistir seus filmes e conferir suas fotos nas premiações – EU JURO!

Por mais que o título da obra fale sobre seus sete maridos, o foco da história, do início ao fim, é o grande amor da vida de Evelyn: sua esposa! Sim sras. e srs.: SUA ESPOSA!

Os Sete Maridos de Evelyn Hugo é nada mais do que uma história de amor. Arrebatadora, real, envolta de segredos e obstáculos atenuados pela época em que a trama se passa. É uma história de amor entre esposa e marido, esposa e esposa, entre amigos, entre mãe e filha. É única e puramente uma história de amor.

E eu recomendo de olhos fechados. Dê uma chance para Evelyn Hugo roubar seu coração!

ps: meu casting dos sonhos seria Sofia Vergara e Jéssica Chastain e por incrível que pareça eu imaginei isso enquanto lia, antes de saber que essa já era a opinião de TODA a internet.

Resenha | Anne e a Casa dos Sonhos

“Tudo bem, a vida pode ser um vale de lágrimas, mas suponho que algumas pessoas gostam de chorar.” – Anne e a Casa dos Sonhos

Chegamos no quinto livro da coleção Anne de Green Gables, e desta vez Anne está casada, mais madura do que nunca e pronta para viver sua tão sonhada vida em sua perfeita Casa dos Sonhos.

Em Anne e a Casa dos Sonhos, Anne e Gilbert se mudam para Four Winds, uma cidade portuária. Gilbert trabalha como médico no centro da cidade, enquanto Anne passa os dias em sua amável casinha, que fica mais afastada, próxima do farol e do mar.

Nesse local remoto, o jovem casal não conta com muitos vizinhos, se não a jovem Leslie, o experiente capitão Jim, responsável pelo farol da cidade, e a amarga Senhora Cornélia, que tem a maior aversão aos homens e a língua extremamente afiada.

O livro tem início com o belíssimo casamento de Anne, que acontece em Green Gables, seu lar da infância. É um momento marcado por emoção e despedidas, seguido pela partida do casal para sua nova vida. E esse é praticamente o único momento que temos em todo o livro que remete à antiga vida de Anne em Avonlea.

Se em Anne de Windy Poplars já havíamos nos afastado do antigo universo onde Anne viveu na infância, agora, depois de casada e com uma casa só sua, nos afastamos ainda mais. Porém, nossas queridas Marilla e Rachel Lynde visitam a casinha dos sonhos com frequência.

Pela primeira vez, temos uma descrição um pouco mais aprofundada da relação entre Anne e Gilbert, algo que não tivemos desde o começo da história, por mais que os bebês ainda cheguem carregados por uma cegonha (acho hilário como a autora consegue remover toda e qualquer atração carnal de suas descrições, transformando tudo em um perfeito conto de fadas).

Anne chega a sua Casa dos Sonhos aos 25 anos e vive 2 anos de altos e baixos, risos e lágrimas, entre aquelas quatro paredes. Tantas histórias são contadas ao longo desses anos em frente à lareira. Eu acho particularmente incrível assistir a forma como ela consegue construir laços tão intensos em todo lugar que vai e amei acompanhar o desenrolar da sua amizade com os novos personagens desse livro (por mais que eu quisesse estapear a Leslie em alguns momentos).

Os novos personagens são bem peculiares e possuem suas próprias histórias e tramas que vão se desenvolvendo ao longo do livro. Isso dá um ar diferente à história, que deixa de girar unicamente em torno de Anne. Também temos um capítulo inteiro do livro narrado por ele, Gilbert Blythe, o que eu achei muito bacana e acho que poderia ter se repetido mais.

Outro ponto interessante desse livro em questão é o momento sombrio e depressivo pelo qual Anne passa, o que trouxe a história pra mais perto da realidade e mostrou que nem mesmo as pessoas mais felizes conseguem se manter positivas o tempo todo.

Com 27 anos e dois anos inesquecíveis vividos em sua casinha dos sonhos, Anne e Gilbert finalizam as 256 páginas se mudando para uma nova casa, onde com toda certeza serão ainda mais felizes e poderão expandir sua pequena e adorável família.

Resenha | Anne de Windy Poplars

“Ninguém é velho demais para sonhar e sonhos nunca envelhecem.” – Anne de Windy Poplars

E chegamos ao quarto livro da série da nossa amada Anne Shirley! Confesso que estou muito apegada nessa menina, no seu universo, e zero preparada para me despedir.

No quarto livro acompanhamos a personagem de seus 22 aos seus 25 anos de idade. Durante esses três anos, ela se muda para a cidade de Summerside, onde conseguiu uma vaga como diretora de uma escola local. Lembrando que ela conseguiu essa vaga por ser formada em Letras!

Assim que chega na cidade, Anne consegue um quarto em uma casa na Rua dos Fantasmas. E como era muito comum para a época todas as casas terem nomes, assim como Green Gables, essa casa não era diferente, sendo chamada de Windy Poplars.

O livro é dividido em três partes: ano um, ano dois e ano três, que são os três anos de contrato que a Anne assinou com a escola.

Outro ponto importante sobre esse livro em particular é que ele é quase completamente composto por cartas enviadas da Anne para o Gilbert, que se mudou também para cursar Medicina. Eu gostei bastante desse formato, já que ele acaba trabalhando a relação dos dois, mesmo que à distância.

Claro que eu senti falta de algum romance nessas cartas, já que as páginas românticas eram sempre omitidas, e eles ainda avisavam que tinham omitido, bem frustrante.

Fora isso, esqueçam todos e todas as pessoas que conheceram até então na nossa jornada com Anne Shirley. Não teremos Diana, nem os vizinhos de Green Gables, muito menos as colegas de universidade nesse livro. Todos eles foram completamente deixados para trás. Anne ainda visita Green Gables diversas vezes durante o livro, mas as descrições focam muito mais nela aproveitando os momentos em casa, do que nas pessoas a sua volta.

Consequentemente, recebemos dezenas de personagens novos, como os Pringles, que são a elite de Summerside e fazem o primeiro ano de Anne na cidade um verdadeiro caos, as viúvas de Windy Poplars e Rebecca Dew, que recebem a professora de braços abertos, e é claro, a pequena Elizabeth.

Windy Poplars se torna um lar, não apenas para Anne, mas para nós leitores, que nos sentimos acolhidos e abraçados quando Anne senta em frente ao fogão de seu quarto na torre para observar o cemitério e ouvir o vento.

Esse é com certeza um dos meus livros favoritos até o momento, pois explora a fundo a vida de Anne como indivíduo, como adulta, finalmente desbravando o mundo e aprendendo com seus erros. Cada ligação que ela constrói com os residentes de Summerside é significativa e soma muito na história.

Me apeguei profundamente em diversos personagens, em Summerside e principalmente em Windy Poplars e nos pequenos detalhes da rotina de Anne, Rebecca, as viúvas e Rusty Miller, o gato que deu tanto pano pra manga.

Ao finalizar a leitura confesso que lacrimejei, sentindo o mesmo que Anne ao se despedir de seu novo lar. Concluímos essa parte da história com uma Anne madura, decidida, que encontra em seu prometido (Gilbert, é claro), um porto seguro no dia a dia, e anseia pela sua vida juntos.

É simplesmente APAIXONANTE!

Resenha | Anne da Ilha

” – Provei o mundo e ele já não veste as cores do romance que costumava usar.” – Anne da Ilha

O terceiro livro da coleção que inspirou a série Anne with an E, da Netflix, nos apresenta a uma Anne mais velha, mas ainda com muito a aprender e amadurecer.

O livro começa com uma Anne de 18 anos, pronta para embarcar em uma nova aventura: a faculdade. Ela parte para uma nova cidade, onde irá viver os próximos 4 anos de sua vida, como universitária. Após viver um tempo em pensões, Anne e suas amigas alugam uma adorável casinha na cidade e contratam uma governanta, a tia de uma das meninas.

Primeiramente, uma das coisas que me incomodou muito, principalmente na primeira metade do livro, foi a falta de detalhes a respeito da faculdade em si. Na verdade, Anne passava cerca de 2 a 5 páginas de um capítulo na faculdade, e em seguida embarcava novamente para Avonlea, fosse para um feriado, férias, Natal ou algum casamento.

Eu tive a impressão de que, mesmo se passando 4 anos nesse livro, e com a Anne na faculdade na maioria desse tempo, a faculdade foi deixada em segundo plano, algo que eu não gostei muito. Ela citava que frequentava eventos, que participava de clubes, que tinha provas, mas nós nunca fomos levados com Anne para as aulas, não sentimos o gostinho da competitividade acadêmica que é tão natural da personagem, nem fomos aos bailes e concertos.

Confesso que senti que Avonlea deveria ter sido deixada para trás, pelo menos parcialmente, nesse livro, e que deveríamos ter sido mais introduzidos ao novo mundo onde Anne estava vivendo. Mas não foi bem o que aconteceu.

Como citei anteriormente, mesmo Anne estando muito mais velha, ela ainda tem muito a aprender e amadurecer. Como toda jovem, ela comete muitos erros, mas o pior é que ela erra e insiste no erro, e algumas vezes se torna cega diante de respostas óbvias, o que também me irritou bastante.

Uma coisa que me pegou muito da metade para o final da leitura, foi o fato de Anne começar a perceber o mundo mudando a sua volta e sentir que estava sendo deixada para trás. Ela se força a deixar alguns devaneios de infância de lado e fazer o que é preciso para melhorar.

Ela mergulha em um mar de melancolia ao retornar a Green Gables após a formatura, que eu entendo até demais, ao perceber que tudo a sua volta está diferente, menos ela, e pensar em como ela queria voltar a ser criança, mas não pode.

Nesse momento de melancolia, a garotinha sonhadora dos primeiros livros desaparece, e é aí que tudo se esclarece na mente de Anne e ela saí dessa situação uma mulher, pronta para enfrentar os altos e baixos da vida adulta (mas não se preocupem, a sonhadora cheia de firulas continua lá).

No geral, eu amei a leitura. Entendo que as partes iniciais que me irritaram foram escritas com esse objetivo. Anne precisava viver o que viveu, sentir o que sentiu, quebrar a cara como quebrou, para chegar ao ponto em que chegou no fim da história e estar pronta para seguir em frente.

Ansiosa para o restante da história da nossa menina (já estou apegada nesse nível).

“‘Nem todas as lições se aprendem na faculdade’, pensou. ‘A vida pode ensiná-las em todos os lugares’. ” – Anne da Ilha

Resenha | O Castelo Animado

“Sinto muito. Eu já fugi demais em minha vida. E finalmente eu tenho algo para proteger: você.” – O Castelo Animado

Após ter uma das maiores surpresas e uma das melhores experiências cinematográficas dos últimos anos ao assistir o filme O Castelo Animado, um anime do clássico Studio Ghibli, não pude resistir ao saber que o longa era inspirado em um livro e comprei a obra no mesmo dia.

Poucos dias depois, cá estava eu mergulhada no universo de Howl, o devorador de corações, Sophie, a velha ranzinza, e Calcifer, o demônio do fogo.

Para aqueles que também assistiram ao filme e se interessaram pelo livro, já lhes adianto: o livro, como sempre, é MUITO mais completo. Todas as brechas, histórias pela metade e coisas um tanto sem sentido que vemos no filme, são explicadas detalhadamente nas 368 páginas do livro.

Porém, além de termos algumas boas explicações, muita coisa é diferente na versão original da história. Pra começar, a família da Sophie é uma peça chave em toda a trama, suas irmãs e sua madrasta, que mal é citada no filme. O espantalho, personagem tão marcante no filme, aparece aqui também, mas de uma forma um pouco diferente, sendo tudo, menos amigo de Sophie, que morre de medo do coitado.

As personalidades dos protagonistas foram traduzidas com maestria para a telinha, Howl é egocêntrico como nunca, sedutor e fascinado pela sua própria beleza, Sophie é velha antes mesmo de ser velha e encontra no Castelo Animado uma chance de quebrar o terrível feitiço que lhe foi lançado, Calcifer não vê a hora de se livrar de Howl, mas ao mesmo tempo não sairia dali por nada no mundo, já Michael, que no filme se chamava Markl e era uma criança, no livro é um personagem completamente diferente.

Ele é alto, magro, de pele negra e tem um belo romance com uma das irmãs de Sophie (eu falei que elas são muito importantes, mas não entrarei em mais detalhes). No livro podemos acompanhar a dinâmica do Castelo de forma mais detalhada, e a construção da relação entre Sophie e Howl é muito mais significativa.

Também temos muito mais da vilã, a Bruxa das Terras Desoladas, que assombra a vida de Howl e trava algumas batalhas contra o mago. Ah, aqui ela também é esbelta, alta e bela, diferente do que vemos no filme (por que essa mania de pintar bruxas como criaturas horrorosas?).

Sem mais delongas, para não enchê-los de spoilers da leitura, O Castelo Animado é um livro tão belo e prazeroso de ler quanto o filme é de assistir. Recomendo assistir o filme antes, porque eu jamais seria capaz de imaginar coisas tão lindas e tantos detalhes sem a ajuda do Studio Ghibli.

E se você já viu o filme e amou, mas acha que não precisa ler o livro, saiba que está errado! A leitura dessa história vai te encher os olhos e preencher lacunas que você nem sabia que existiam até então. É o complemento perfeito.

Obs: apenas uma complementação para quem possa interessar, saiu vlog de leitura desse livro MARAVILHOSO lá no canal e tá muito legal MESMO! Super recomendo (suspeita).

Sonic 2 é filme de criança? Análise com spoilers

Fui assistir Sonic 2 na semana de estréia e não podia deixar de falar desse filme!

No início do mês de abril meu irmão, que tem 12 anos, me informou que esse filme estaria estreando esse mês e que queria que eu o levasse assistir.

Muito contra a minha vontade eu sentei uma tarde pra assistir Sonic 1, de 2020, e TUDO que eu sabia até então sobre o filme era que eles tiveram aquele problema com o CGI do Sonic, que ele ficou meio assustador e tiveram que reeditar todo o filme pra trocar a animação do protagonista. 

Qual não foi a minha surpresa ao AMAR o primeiro filme e ficar contando as horas pra ver o segundo. 

Infelizmente eu não sou uma das crianças que cresceu jogando todos os jogos e vendo todas as animações do Sonic, eu já sou mais de uma geração Barbie e Ben 10, mas minha irmã, de 34 anos e meu irmão, que é fascinado pelo Sonic, pegaram MUITA referência dos jogos. 

Já eu peguei MUITA referência de filmes, clássicos, desde Star Wars, até Curtindo a Vida Adoidado, Vingadores, Shrek, e sem contar com a trilha sonora FANTÁSTICA, que é sempre algo que me conquista de cara em um filme. 

Tudo que Sonic 1 teve de fofo, tocante e emotivo devido ao abandono do ouriço e o processo dele encontrar uma segunda família, triplica em Sonic 2 com a chegada do Tales e do Knuckles.  

Nesse segundo filme o Dr. Robotnik, interpretado MAGESTOSAMENTE, como sempre, pelo Jim Carrey, retorna do planeta dos cogumelos, onde ele foi preso no primeiro filme pelo Sonic, com a ajuda do Knuckles, que até então tem como missão aniquilar o Sonic e recuperar a tal esmeralda toda poderosa. 

Nesse filme a gente acompanha o Sonic evoluir de um personagem irresponsável, inconsequente e infantil pra um verdadeiro herói. Ele assume a missão dele como protetor da esmeralda e enfrenta todos os maiores medos dele pra honrar a Garra Longa, que é a coruja que criou ele e mandou ele pra Terra. 

Em relação a referências aos jogos, digo isso depois de muita pesquisa e depois de ter visto muitos vídeos, Sonic 2 é muito mais bem trabalhado do que o primeiro. Imagino eu que isso aconteça porque no primeiro eles queriam construir melhor uma história, uma emoção pro Sonic, esse conceito da criança abandonada encontrando uma família. 

Mas nesse segundo eles tiveram todo o tempo de tela pra trabalhar as cenas de ação, as corridas, ele realmente sendo um herói, e as fases do jogo são vistas com muita clareza em várias cenas do filme, desde as fases aquáticas, até o Sonic voando com o Tales, a cena da avalanche, os templos antigos, tudo é fase de jogos. 

Fora tanta referência bacana ao universo dos jogos e filmes, uma das coisas que eu mais gosto nos filmes do Sonic são as mensagens e o conceito de família. 

Eu amo a pequena família que o Tom, a Maddie, o cachorro e o Sonic formam, a forma como mesmo o Sonic não sendo realmente da família, nem humano, eles tratam ele como prioridade, chamam de filho e tudo o mais. E com certeza isso foi muito reforçado no segundo filme. Sabe aqueles adultos que só atrapalham? Esses não são eles. 

Eles são incríveis e com certeza uma peça fundamental nos filmes. E espero que na continuação a gente possa ver mais dos dois sendo ótimos pais pro Knuckles e pro Tales também. 

Lembrando que na cena pós-créditos recebemos aí a confirmação de que o plot do próximo filme será ao redor do Shadow, que é um ouriço espacial criado geneticamente pela família Robotnik, e possivelmente também teremos Amy Rose, a namoradinha do Sonic, mas essa é só especulação até o momento.  

Em um resumo da ópera, Sonic 2 é extremamente superior a Sonic 1, que pra mim já tinha sido FANTÁSTICO, então se você ainda não assistiu esses filmes, seja por qual for o motivo, não perde mais tempo e assista! Porque eu to aqui de prova que ele agrada tanto os fãs do jogo, quanto o público em geral.

Nota: 10/10

Review | The Batman

The Batman (2022) estreou ontem e eu não pude deixar de conferir. Por que sou fã da DC? Não. Porque sou fã do Robert (e de Crepúsculo, fator importante já que grande parte do fanclube sempre prestigia o trabalho dos atores).

E o que foi Robert Pattinson nesse filme? Que ele é um ator espetacular eu não tinha dúvidas, aliás, vocês já assistiram O Diabo de Cada Dia? Porém, ele entregou absolutamente tudo e mais um pouco como Bruce Wayne.

Eu sempre gostei muito do personagem, de longe meu herói favorito do universo da DC, porém, senti uma profundidade e obscuridade no Bruce do Robert que nunca havia sentido antes. O filme como um todo traz uma sensação muito diferente a quem assiste, que remete muito ao que senti assistindo Coringa. Talvez seja a nova forma da DC de contar histórias.

Mesmo tendo 3 horas, pra mim o filme passou voando e poderia ter tranquilamente mais tempo. Entendo que muita gente achou enrolado e que poderia ser menor ou dividido em partes, mas eu, considerando o fato de que sou bem chata com filmes longos, discordo totalmente.

Em acréscimo a isso, acho importante discordar também das pessoas que acham que o enredo ao redor do vilão principal, Charada, não foi bem desenvolvido, devido à presença de outras figuras na história, como Pinguim e Falcone. Ao meu ver, sem o enredo secundário, focado nos personagens do Pinguim, Falcone e Selina (divinamente interpretada por Zoë Kravitz), não seria possível criar o enredo do Charada e do seu plano maligno.

Tudo nesse filme se conecta, nada é deixado para trás.

As cenas de luta são explendidas, comentário que vindo de mim é muito valoroso, pois eu ODEIO violência e não vejo filmes de ação por esse mesmo motivo. E não tenho nem palavras para falar sobre a cena que foi, para mim, a mais incrível do filme, a perseguição de carro entre Batman e Penguim.

Em resumo, o filme todo foi uma experiência única e que eu com certeza repetiria. Até então esse foi o melhor filme que vi no ano, contando com o fato de que já assisti metade da lista de indicados ao Oscar.

Pattinson foi uma estrela, como sempre, e merece ser ovacionado o quanto fo preciso. E agora só posso dizer que estou ansiosa para a continuação desse novo ciclo do nosso famoso morcego.

E vocês, o que acharam do filme?

Assistidos dos últimos meses

Nesses últimos três meses sem postar nada por aqui, eu assisti muita série e muito filme. Acho que o que me fez deixar um pouco de lado os reviews aqui do blog foi um dos mais novos quadros do canal, o de Assistidos do Mês.

Lá no canal, eu venho postando mensalmente um vídeo falando um pouco sobre todas as coisas que eu assisti no mês (ou quase todas). Hoje, eu decidi compartilhar esses vídeos aqui com vocês, mas nos próximos dias, voltarei a postar minhas opiniões por aqui. Sinto falta de escrever sobre assuntos que eu realmente gosto e que me dão prazer.

Então vamos lá!

Setembro e Outubro/2019

Novembro/2019

Dezembro/2019

Janeiro/Fevereiro 2020

Espero que vocês gostem dos vídeos e se preparem para os reviews que estão oficialmente de volta!

Review | Campo do Medo (In the Tall Grass)

MV5BZjA2ZWU3N2MtY2JkYy00YjFjLWEyZWQtMjQ0MTU0NDk1ZTZmXkEyXkFqcGdeQXVyMTkxNjUyNQ@@._V1_Sinopse: Dois irmãos são surpreendidos após escutarem pedidos de socorro vindos do interior de um matagal no Kansas. Eles decidem atender os chamados de ajuda e entram no local. No entanto, logo descobrem que uma vez lá dentro é impossível sair.

Depois de muito tempo sem postar uma crítica de filme ou série para vocês (como a crítica de cinema renomada que sou), estou aqui hoje para falar de um filme original da Netflix. In The Tall Grass, traduzido para Campo do Medo no Brasil, é um filme de terror sobrenatural lançado em outubro de 2019.

O filme definitivamente cumpre o seu papel de dar alguns sustos e causar um certo pânico em quem assiste, mas poderia ser melhor.

Campo do Medo é um daqueles filmes que você pensa “por que eu estou assistindo isso? Será que posso parar na metade?” diversas vezes. Além de ter uma história e uma linha do tempo completamente confusa (estilo Dark, mas não tão bem explicada), o filme ainda causa muito mais agonia e angustia do que medo.

Depois de algumas discussões sobre o conteúdo do longa, cheguei a conclusão de que não, não é um filme completamente ruim. Ele traz uma abordagem diferente do que a maioria dos filmes de terror vem trazendo nos últimos tempos, surpreende, e por isso pode parecer fraco quando avaliado por cima, por fugir muito dos padrões que conhecemos.

Em um resumo da ópera, não daria uma nota 10 ou uma estrela de ouro para esse filme, mas com certeza indico para os amantes de filmes de terror (o que não é meu caso), e para as pessoas que gostam de um bom quebra-cabeças em forma de filme.

Nota: 5/10