Livre-se

dSeria, fugir, uma opção válida nessa situação?

Encontrar um lugarzinho ao sol, onde os pássaros voassem alto, a brisa levasse todas as dores e preocupações, e o ombro amigo de um amor antigo te trouxesse todo o conforto do mundo.

Fechar os olhos, esquecer por pelo menos uma fração de segundos, de tudo.

Todo esse emaranhado que nos consome, a vida medíocre, as pessoas vazias, as brigas, discussões, palavras sujas jogadas ao vento.

Queria por um dia ter essa oportunidade, de jogar tudo pro alto, ser quem sou sem ser julgado, ser livre e ser amado, com todos os altos e baixos.

Sei que não sou o único boneco defeituoso dessa gigantesca fábrica de brinquedos, sei que um ou outro fantoche também sofre nas mãos de seus donos e não vê a hora de fugir.

Mas a vida não é justa. A brisa não é leve. O tempo não ajuda. Não cura. Não ajuda a apagar as mágoas ou afastar as decepções. Decepções amorosas se fazem fúteis, perto de tantas outras.

Sobre nunca ter tido um sorriso com um real motivo. O que me diz? Sobre nunca ter sentido o amor. É certo assim?

O sol brilha no horizonte, você vê? Toque-o. Invada-o. Transborde. E transforme esse livro manchado de café em uma nova página em branco.

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